Parece coincidência, mas não é. Hoje, 14 de maio, é celebrado o dia de santa Corona e são Vitor pela Igreja Católica. A história dos mártires do ano 170 depois de Cristo (d.C.) está guardada em uma basílica em Anzu, próximo a Feltre, na Itália, desde o século IX. A Itália, inclusive, já foi o centro da pandemia de coronavírus. Na fé dos cristãos, santa Corona também é considerada uma protetora contra as pandemias.
Segundo o site Aleteia, usado como referência para retratar a história de santos da Igreja Católica, pouco se sabe sobre a vida dos mártires Corona e Vitor. Ambos foram mortos na região que se acredita ser hoje a Síria, à época pertencente aos domínios do Império Romano, comandado por Marco Aurélio.
De acordo com um texto redigido por um diácono da Igreja de Antioquia no século IV, Vitor era um soldado cristão vindo da Cilícia. Durante a perseguição de Marco Aurélio, foi denunciado ao prefeito Sebastião e torturado. Enquanto ele sofria, ainda sereno na fé, a noiva de um companheiro de armas, cujo nome era Corona, declarou ser cristã também e o encorajou.
Corona acabou presa e submetida a um breve interrogatório, depois do qual foi amarrada pelos pés presos sob duas árvores e cortada viva. Vitor, por sua vez, foi decapitado.
Naquela época, explicam religiosos, a Igreja considerava santo todo aquele que morria por se declarar um seguidor de Jesus Cristo. Por isso, Corona e Vitor são considerados santos pré-congregação, o que significa que foram reconhecidos antes da padronização dos processos de canonização pela Igreja.
Sobre a associação de santa Corona à proteção contra as pandemias, a Igreja Católica explica que essas associações são feitas pelos fiéis, uma motivação que vem da piedade popular, já que estes não são ensinamentos oficiais da Igreja. Isso acontece na devoção também de outros santos, por exemplo, são Judas Tadeu, que foi considerado pelo povo o intercessor das causas impossíveis.
Há dúvidas ainda se a santa se chamava realmente Corona ou se o nome se refere à moeda da época (a palavra “corona” vem do latim e significa “coroa”). Ela também era chamada de Stephania. Apostadores de loteria também costumavam pedir intercessão da santa.
No Brasil, a história de são Vitor e santa Corona foi trazida justamente pelos italianos, que fundaram a Comunidade Santa Corona, em Caxias do Sul.
Fonte: O Tempo