“O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão” (Mc 13,31).

33º Domingo Tempo Comum – Ano B: Dn 12,1-3; Sl 15; Hb 10,11-14.18; Mc 13,24-32.

Estamos no final do ano litúrgico e a palavra de Deus nos faz pensar sobre o fim.  O fim de quê? Qual final?  Qual meta nos aponta a nossa fé?

A oração inicial da missa deste domingo nos faz pedir uma graça como comunidade: A graça de sempre nos alegrar em vosso serviço, pois só alcançaremos felicidade plena, na fidelidade a Vós, o Criador de todas as coisas. Este pedido, já nos revela o sentido mais profundo da nossa existência: A felicidade perfeita é servir e amar a Deus.

O Evangelho de Marcos, que escutamos neste domingo, nos fala da grande tribulação.  Na Sagrada Escritura, em dois momentos se fala de grande tribulação: As pragas no Egito, que antecedem a Páscoa, portanto, uma tribulação, antes da partida para a Terra Prometida; e a tribulação, quando a Babilônia é destruída, e assim permitida a volta do Povo de Deus à sua terra, à Terra de Israel. Agora a grande tribulação, é a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, sintetizada na Cruz.

O Evangelho nos fala que o firmamento é abalado: Tudo o que nos apegamos, e até idolatramos, vem abaixo. Mas, permanece o essencial: o Filho do Homem, que aparece nas nuvens. Permanece a sua Palavra: “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão” (Mc 13,31).

No nosso tempo, precisamos aprender a ler os sinais, como se lê os sinais da primavera, que antecipa o verão. Ler os sinais é não viver no pânico e no medo: ‘Quando essas coisas vão acontecer?’ A resposta de Jesus nos para o Coração de Deus, ou seja, a confiança no Pai, o Criador de todas as coisas.

Cada vez que escutamos a Palavra e celebramos os Sacramentos, nós entramos naquele Grande Dia, não mais como tribulação, mas como Páscoa.  Nossa Páscoa semanal é o Domingo, o Dia do Senhor: Dia da libertação e da nossa salvação. Portanto, viver e buscar a felicidade, é servir a Deus de todo o coração. Em Cristo, alcançamos este Dia, que da sentido a todos os nossos dias.

Deus vos abençoe!

+ Dom Carlos Romulo – Bispo Diocesano de Montenegro.

 

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